sábado, 4 de dezembro de 2010


Saí um dia desses com uns amigos das antigas... foi estranho perceber que em alguns momentos, a única coisa em comum que mantínhamos, era o vício por Coca-Cola. Cheguei em casa e fiquei meio nostálgica... mas algo saltou na minha mente e clareou o meu olhar: as pessoas mudam! Eu mudo! Isso é mais que um direito, é um privilégio. Mudar quer dizer sair do lugar, crescer em algumas coisas, diminuir em outras e a cada dia a gente vai achando a dosagem ideal.
Como diria Fernando Aniteli (quem é poeta ta aí): "Quando vou pra frente, coisas ficam pra trás a gente só nao sabe que coisass são essas". Ta certo, o tempo se encarrega de trazer e levar coisas, pessoas, claro que o segundo grupo é mais precioso, pois as pessoas, são singulares, surpresas, presentes. Mas voltando ao assunto... será que os meus amigos continuam sendo amigos? Será que continuam sendo meus? Pra ser sincera nem sei definir o que são.. aliás, sei sim: são presentes que ganhei na hora certa! Me ensinaram a caminhar, a falar, a confiar, a ter fé, a pensar, a comer sushi... e continuam seus caminhos em paz, sabendo que naõ passaram simplesmente, mas deixaram marcas, perfumes e cores e isso foi suficiente pra eu conseguir enxergar o mundo de outro jeito. E como agradecé-los? Deixando essas marcas e esses aromas na vida dos outros.

Amigos são eternos? Talvez sim, talvez não... mas com certeza posso garantir que são necessários, que são responsáveis...

Sei la.. gostaria só de agradecer, ao que passaram, aos que chegaram, aos que encontrarei: Obrigada! Obrigada por me emprestarem seus olhos e coraçoes.. isso me ajudou a perceber tudo mais bonito!

Re-amar


Olha, eu sei que o barco etá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.

Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só de dizer e eu vou.

Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, ma spara isso preciso saber se você vai também. Poquer sozinha, eu não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em tosno de mim mesma.

Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também!

Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade!

Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção cinetífica. Aprendo a pescar, se precisar.

Mas você tem que remar também.

Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir.

Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. mas você tem qe me prometer que vai remar junto comigo.

Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possivel nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forçar!

Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vai valer a pena.

Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.

Remar.

Re-amar

Amar
Caio Fernando de Abreu