sábado, 4 de dezembro de 2010

Re-amar


Olha, eu sei que o barco etá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.

Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só de dizer e eu vou.

Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, ma spara isso preciso saber se você vai também. Poquer sozinha, eu não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em tosno de mim mesma.

Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também!

Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade!

Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção cinetífica. Aprendo a pescar, se precisar.

Mas você tem que remar também.

Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir.

Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. mas você tem qe me prometer que vai remar junto comigo.

Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possivel nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forçar!

Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vai valer a pena.

Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena.

Remar.

Re-amar

Amar
Caio Fernando de Abreu

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